segunda-feira, 2 de julho de 2012

Nada mais que a obrigação


Por Náyra Menezes Vieira 

Na última rodada recebemos no Engenhão o Atlético-GO, que ano passado fez ótima campanha, chegando a brigar por Libertadores e vencendo grandes clubes, principalmente em casa. Este ano, porém, o Dragão parece mais uma lagartixa com bafo de pimenta, antes da bola rolar era o último colocado no Brasileirão com 2 gols marcados e, surpreendentes,  11 sofridos! Havia assistido o jogo da rodada anterior Atlético-GO 1 x 4 Fluminense e já havia notado o quão ruim está o time, que manteve o treinador de 2011, seria necessário o Flamengo fazer um esforço hercúleo para perder o jogo em casa.  Claro que para Joel e seu bando nada é impossível e a tarefa quase foi alcançada. 

Começamos atrás no placar, graças a marcação nula do meio de campo e o abobalhado Amaral, que não viu o adversário entrando atrás de si para acertar um belo chute. Alguns ensaiaram falar que foi falha de Paulo Victor, mas acredito que chutando de dentro da área e de frente pro gol, não poderia haver resultado muito diferente, não culpo nosso goleiro de jeito algum. Após este gol os visitantes recuaram e esperavam o Flamengo chegar para contra-atacar, porém mais uma vez nosso meio estava descoordenado, descompactado e os jogadores mal posicionados, de modo que nada era criado.  Havia brilhos individuais aqui e ali até que surgiu uma falta frontal e próxima a grande área, uma posição fácil para uma boa cobrança, temos no elenco Bottinelli, Adryan e Renato de cobradores, o aproveitamento do primeiro é superior ao de todos os outros, porém Renato era o único em campo e por isso foi bater... novamente uma pancada, muito mais força que direção, mais uma vez uma ajudinha adversária. Desta vez a bola não desviou em alguém, mas passou por baixo da barreira tão mal posicionada  quanto o goleiro.  Alguém deve imaginar que o time começou a pressionar, impor seu jogo em casa e buscar o placar diante do frágil adversário, mas obviamente isso não ocorreu e nosso time apesar de ter ficado mais com a bola nada produziu e ainda sofreu vários contra-ataques, o que resultou em um "placar" de 8 x 4 finalizações para o adversário, sendo que nenhuma das 4 foram de Love ou Diego Maurício.  No segundo tempo houve uma grande melhora com Adryan e depois Bottinelli, porém Joel ordenava, desesperado, a beira do campo que o time defendesse mais, ficasse esperando o adversário para segurar o 3 x 1, entretanto pressão adversária acaba resultando em gol e quase cedemos novamente o empate em 3 x 3, para terem uma ideia Paulo V. fez 4 defesas difíceis e o goleiro adversário só 1, e nas finalizações para fora mandamos 6 das 12, enquanto o adversário apenas 4 de 17. 

Destaques individuais: 

-Paulo Victor: Novamente mostrou que pode ser titular, não apenas fez defesas difíceis como demonstrou sangue frio, passou tranquilidade aos companheiros e até fez uma cera pra esfriar o jogo no momento em que mais tomávamos pressão. 

-Gonzáles: Errou a jogada que originou o 2° gol, porém vinha fazendo boa partida defensivamente. Vale ressaltar que na jogada em que errou, houve antes 2 outros erros, ou seja, uma lambança defensiva que começou com Renato passando a bola no fogo para Magal, que deu um chutão na direção de Gonzáles, que estava ao seu lado, fazendo o chileno se esticar para tentar tocar a bola e não conseguindo nem o passe e nem o domínio. 

-Amaral: Apareceu bem ofensivamente no 2° e 3° gol, porém ele é 1° volante, não armador ou 3° homem de meio. Jogador lento, com sérios problemas defensivos, marca mal e ainda sobe demais deixando a zaga desprotegida. Para ter uma ideia, falhou no 1° gol do Atl. GO e esteve mal posicionado nas chances mais perigosas, além disso teve um pífio desempenho defensivo roubando apenas 2 bolas, menos que Diego Maurício e Wellington Silva (3), Luiz Antônio e Ibson (5)  e o mesmo número que Love e Adryan, sendo ainda o jogador mais faltoso ao lado de Diego M. com 5 faltas. 

-Luiz Antônio: Voltou a jogar mais adiantado no meio no 1° tempo e fez boa partida, no 2° tempo foi para lateral e continuou bem, fez cruzamentos e conseguiu fazer a bola ser bem trabalhada enquanto Adryan caía por ali. Não importa se vai jogar no meio ou na lateral, o importante é deixá-lo trabalhar no ataque. 

-Adryan: Entrou e foi bem, assim como na sua estreia pela Taça Guanabara, porém ainda é cedo para determinar se é a melhor opção. De toda forma provou que não há exageros quando pedimos que os garotos joguem, Luiz Antônio e ele estão aí para provar isto, ainda vale testar Thomás, que pra mim está mais maduro pra posição.

-Diego  Maurício: Pouco ajuda o time, não é o melhor companheiro para Love. Pode vir a funcionar quando precisarmos de contra-ataque num segundo tempo, mas como titular acaba não rendendo tanto quanto Deivid vinha fazendo ao lado de Love. 

As conclusões obtidas a partir desse jogo são óbvias, o time precisa treinar muito, principalmente passes (48 errados), Joel não sabe armar a equipe, sequer conhece as características de seus jogadores, além disso mostrou a beira do campo total desequilíbrio ao recuar o time em desespero quando ainda ganhávamos por 3 x 1.  Não podemos dar ao Joel ou ao Renato uma "nova chance", o fato de termos vencido e do Renato ter acertado duas faltas em um goleiro fraquíssimo, numa defesa que já havia sofrido 11 gols, não é algo a se exaltar, lembremos inclusive que contra nós o Atl.-GO fez exatamente o mesmo número de gols que havia feito em 6 rodadas. 

Nesta terça-feira Cáceres acerta por 4 anos, há tempo p/ ele jogar o Fla-Flu, porém falta saber se haverá interesse e competência para isto. Entretanto não vejam NENHUM jogador como solução, se o time não treinar, sem um esquema tático, sem os jogadores certos nas posições certas, o Flamengo não irá para frente e continuaremos sofrendo jogo após jogo. #ForaJoel 

Saudações Rubro-Negras 


 
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